SIMPLESMENTE - F O R A S O B R I N H O

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Vamos colocar ele pra fora da Prefeitura

terça-feira, 29 de novembro de 2011

EU JA FALEI ISSO AQUI MESMO: "Prefeitura de Porto Velho recebeu mais de R$ 3 bilhões. Onde foi parar esse dinheiro?

Nacional
Uma das mais importantes fontes da imprensa do País, a Agência Estado publicou matéria nesta terça-feira sobre a empresa que o prefeito Roberto Sobrinho mantém em sua residência, a V.R. Madeira e Transportes LTDA. Com o título “De casa, prefeito de Porto Velho presta serviços para empresas licitadas”, a matéria aponta uma situação que no entendimento de Roberto é completamente normal. 
 
Números
A Agência Estado trás alguns números vultosos recebidos pela prefeitura nos últimos anos. Ela informa que Porto Velho é uma das seis capitais brasileiras administradas pelo PT, e somente do Consórcio Santo Antônio Energia a cidade recebeu de contrapartida R$ 1,3 bilhão, em iniciativas voltadas às áreas de saúde, segurança, educação, infra-estrutura, meio ambiente e social. Do governo federal, a prefeitura recebeu R$ 200 milhões para asfaltamento e mais R$ 132 milhões para a construção de seis viadutos. A cidade, com 410 mil habitantes, ainda não dispõe de nenhum. O governo federal também repassou R$ 754 milhões para ampliação de rede de água e esgoto, sendo R$ 554 milhões a fundo perdido. Isso quer dizer que Porto Velho recebeu mais de R$ 3 bilhões nesse período.
 
A pergunta
Onde foi parar toda essa fortuna bilionária? Para uma cidade com pouco mais de 400 mil habitantes, esses recursos seriam suficientes para resolver se não todos, mas quase na totalidade os problemas da comunidade. Mas a capital chafurda na imundície com ruas enlameadas, asfalto de péssima qualidade, total falta de saneamento, dezenas de obras inacabadas tanto na área urbana quanto rural, trânsito caótico, serviço de transporte urbano de quinto mundo e um ralo de dinheiro público sem nenhum tipo de prestação à comunidade. A prefeitura não conseguiu sequer terminar as Unidas de Pronto Atendimento (UPA) prometidas desde o governo anterior. Tudo isso assistido passivamente pelos órgãos que deveriam estar fiscalizando e cobrando a execução orçamentária desses recursos.
 
Imoralidade
Neste ano a população vem assistindo horrorizada uma saraivada de denúncias contra a atual administração municipal. Só para recordar tivemos o caso da hospedagem no hotel da Marquise, em Fortaleza (CE), os cursos profissionalizantes ministrados por uma empresa que pertence ao secretário particular do prefeito e por último a descoberta que ele, Roberto Sobrinho, é proprietário de uma empresa que funciona em sua residência e ele acha isso a coisa mais normal do mundo. Passou da hora de alguém colocar um freio em toda essa confusão.

MP Rondônia denuncia prefeito de Porto Velho

Além disso, Sobrinho teria negociado compensações ambientais

O Ministério Público Estadual de Rondônia apura denúncia segundo a qual o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), montou uma empresa em sua própria residência para prestar serviços aos consórcios que constroem as hidrelétricas do Rio Madeira. Ele teria alugado equipamentos a empresários que mantêm contratos com os construtores das usinas.


Além disso, Sobrinho teria negociado compensações ambientais para Porto Velho com os construtores das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Ou seja, estaria discutindo concessões com empresas que lhe caberia fiscalizar.


Registros na Junta Comercial de Rondônia mostram que o capital social da V. R. Madeira Transportes Ltda., instituída em agosto de 2010, é de R$ 50 mil - R$ 5 mil pertencentes a Vitor Santiago dos Santos, filho do prefeito. Os outros R$ 45 mil estão em nome do próprio Sobrinho.


O diretório do PT em Rondônia já chamou o prefeito para dar explicações, apesar de ainda não ter recebido nenhuma denúncia formal. Aos petistas, Sobrinho admitiu que a empresa é dele e funciona de fato em sua residência, mas garantiu que não há nenhuma ilegalidade.



O Estado de S.Paulo

MIDIA NACIONAL, ESTADÃO: De casa, prefeito de Porto Velho presta serviços para empresas licitadas

Roberto Sobrinho (PT) aluga equipamentos para empresários que têm contratos com consórcios que constroem as Hidrelétricas do rio Madeira; ele garante que não há nenhuma ilegalidade

Nilton Salina, especial para O Estado de S.Paulo
PORTO VELHO - Em Porto Velho, capital brasileira que proporcionalmente mais recebe dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Ministério Público do Estado (MPE) está apurando denúncia de o prefeito Roberto Sobrinho (PT) ter montado uma empresa em sua própria residência para prestar serviços indiretamente aos consórcios que constroem as Hidrelétricas do rio Madeira. Ele alugou equipamentos a empresários que têm contratos com os construtores das usinas.
De acordo com a denúncia, encaminhada pelo presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), o município é responsável pela liberação de alvará de funcionamento às empresas contratadas diretamente pelos consórcios. Além disso, Sobrinho teria negociado compensações ambientais para Porto Velho com os construtores das Usinas de Santo Antônio e Jirau. Consta que dessa forma o prefeito estaria negociando com empresas que ele deveria fiscalizar.
Documentos obtidos na Junta Comercial de Rondônia mostram que o capital social da V. R. Madeira Transportes Ltda, instituída em agosto de 2010, é de R$ 50 mil, sendo que o filho do prefeito, Vitor Santiago dos Santos Sobrinho é dono de R$ 5 mil. Os outros R$ 45 mil estão no nome do próprio prefeito. O diretório do PT em Rondônia já o chamou para dar explicações, apesar de não ter recebido nenhuma denúncia formal. Aos petistas, ele não negou as acusações.
Durante as explicações ao diretório, Sobrinho admitiu que a empresa é dele e funciona de fato em sua residência, mas garantiu que não há nenhuma ilegalidade nisso. O conselho de ética do partido recebeu recentemente uma outra denúncia contra ele, dando conta que Sobrinho teria se hospedado em Fortaleza em um hotel da empresa Marquise, que venceu a licitação para assinar o contrato da coleta de lixo em Porto Velho. Apesar disso, o PT não cogita sua expulsão.
Segurança. O prefeito foi alertado na reunião com os petistas para um outro problema. Ele mantém dois vigilantes em sua residência, 24 horas por dia, pagos pelo município para sua segurança pessoal. Ocorre que sua empresa também estaria sendo vigiada, já que funciona no mesmo endereço. A direção do PT teme que isso possa ser usado contra o partido nas eleições do próximo ano, juntamente com as denúncias de que Sobrinho teria beneficiado a Marquise e os próprios consórcios das usinas.
Porto Velho é uma das seis capitais brasileiras administradas pelo PT, e somente do Consórcio Santo Antônio Energia a cidade recebeu de contrapartida R$ 1,3 bilhão, em iniciativas voltadas às áreas de saúde, segurança, educação, infraestrutura, meio ambiente e social. Do governo federal, a prefeitura recebeu R$ 200 milhões para asfaltamento e mais R$ 132 milhões para a construção de seis viadutos. A cidade, com 410 mil habitantes, ainda não dispõe de nenhum. O governo federal também repassou R$ 754 milhões para ampliação de rede de água e esgoto, sendo R$ 554 milhões a fundo perdido.
FONTE: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,de-casa-prefeito-de-porto-velho-presta-servicos-para-empresas-licitadas,804159,0.htm 

De olho em 2012 PT tenta “excomungar” Roberto Sobrinho 

Teflon
Parte da executiva do Partido dos Trabalhadores em Rondônia vem tentando desesperadamente desassociar o prefeito Roberto Sobrinho da legenda, mais ou menos como se “Roberto fosse o Roberto e o PT fosse o PT”. Mas não é bem assim. A executiva, assim como grande parte dos filiados, principalmente da Capital, são responsáveis pelos desmandos e irregularidades na atual gestão municipal, isso porque não é de hoje que a imprensa, e principalmente esta coluna e o Rondoniaovivo vem apontando os mais diversos problemas nessa administração. Mas o PT só passou a prestar atenção nesse problema com a aproximação das eleições municipais de 2012 e agora quer se fazer de gato morto nessa história.
Explicações
Roberto Sobrinho foi chamado a dar explicações a executiva do PT sobre a empresa que funciona em sua casa e tem como sócios o próprio prefeito e seu filho. O PT vem articulando uma possível expulsão para que essas lambanças feitas por Roberto o prejudiquem a já desgastada imagem da legenda perante a opinião pública. A maior interessada nisso é a ex-senadora Fátima Cleide que chegou inclusive a postar uma “carta de desabafo” em seu Facebook. Porém o problema do PT não é apenas Roberto, e sim o partido como um todo.
Vejamos
Além do “prefeito-empresário” a presidente estadual da legenda, Epifânia Barbosa se meteu em uma lambança sem tamanho ao ser citada pela Polícia Federal no inquérito que prendeu o presidente da Assembleia, Valter Araújo. Epifânia estaria recebendo dinheiro para fazer parte do bloco de apoio de Valter na Assembleia e o gabinete da deputada e sua casa foram revistadas pela PF. Dois dias depois, ela presta depoimento na superintendência e é divulgada uma nota pela própria PF alegando que a mesma havia sido ouvida como “testemunha”. Para ter tido acesso a essa condição, especialistas afirmam que ela deve ter se valido do benefício da delação premiada e a nota entrou como parte do acordo. É com essa nota que ela tenta “se limpar”, mas não deu certo.
Por fora
Alheio a toda essa saraivada de denúncias contra a legenda, o vereador Claudio Carvalho, que atualmente está ocupando a secretaria de Transportes do município, vem falando em ser ele o candidato do PT à prefeitura. Com a má-fase atravessada por Epifânia, ele só vai ter que confrontar o grupo de Fátima dentro do partido, mas deve perder. E feio. Resta saber se a ex-senadora vai conseguir manobrar dentro do partido de forma eficaz a anular Carvalho e ainda sagrar-se vencedora nesse embate. De qualquer forma, seja lá quem for o candidato petista, ele virá acompanhado de grande parte da companheirada que atualmente integra o “staff” de Roberto Sobrinho. É praticamente trocar seis por meia dúzia.

 

 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

VALOR ECONOMICO: Denúncia contra prefeito Roberto Sobrinho repercute nacionalmente

27 de outubro deste ano,o Rondoniaovivo e o Painel Político publicaram reportagem informando que a empresa V.R. Madeira e Transportes LTDA pertence ao prefeito de Porto Velho Roberto Eduardo Sobrinho, principal cotista com 90% das ações e a seu filho, Vitor Santiago Sobrinho, 10% e que a mesma aluga caminhões para a usina de Santo Antônio e ainda tem como sede a casa do próprio prefeito, no bairro Jardim das Mangueiras. Logo após a publicação, em um evento público, Roberto confirmou ser o proprietário e disse “não ser nenhum crime” a sociedade.
 
O deputado estadual Hermínio Coelho (PSD) apresentou denúncia formal contra Roberto Sobrinho no Ministério Público do Estado e o prefeito foi chamado ao Partido dos Trabalhadores, legenda ao qual é filiado, para dar explicações. O assunto ganhou destaque na edição desta segunda-feira do jornal Valor Econômico, editado pelo grupo Folha, um dos maiores do País. Veja abaixo a íntegra da reportagem de Cristiane Agostine.
 
PT discute expulsão do prefeito de Porto Velho, acusado de tráfico de influência
 
No comando de uma das cidades que mais recebe recursos do governo federal, o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), está sob investigação de seu partido e corre o risco de ser expulso. O diretório petista de Rondônia analisa denúncias de tráfico de influência contra o prefeito no conselho de ética da legenda.
Na semana passada, o prefeito prestou esclarecimentos à executiva estadual petista sobre a denúncia de tráfico de influência junto a empresários que atuam nas obras das usinas do Rio Madeira. Por meio da empresa V.R. Madeira Transporte, cuja localização é a mesma da casa do prefeito, Sobrinho estaria prestando serviços no canteiro de obras por meio de um contrato de sublocação. Segundo dados da Receita Federal, a empresa foi criada em 2010, no segundo mandato de Sobrinho.
Na reunião com a cúpula petista, Sobrinho teria confirmado que a empresa é sua e que funcionaria em sua casa, mas teria dito que não era uma prática ilegal. O depoimento gerou constrangimentos, segundo dirigentes que pediram para não ser identificados. "O prefeito tem que gerenciar convênios, fiscalizar empresas que prestam serviços, mas ele criou um vínculo empresarial. Além de problemas jurídicos, é imoral", disse um integrante da executiva. Segundo uma liderança petista, o PT está debruçado sobre o caso: "Preocupa muito o partido". Procurado pelo Valor, Sobrinho não se pronunciou.
A prefeitura é responsável pela liberação de alvarás de funcionamento para que as empresas atuem nas obras. Além disso, Sobrinho foi o responsável por negociar compensações com as construtoras das hidrelétricas do rio Madeira. O valor dessas compensações é criticado até por integrantes do governo estadual por não ser suficiente aos prejuízos causados pelas usinas. Outro ponto questionado por petistas é que a empresa estaria se beneficiando da segurança paga pela prefeitura, por funcionar na casa do prefeito.
O caso foi levado ao Ministério Público Estadual pelo deputado Hermínio Coelho (PSD), atual presidente da Assembléia Legislativa.
Sobrinho pode sofrer punições que vão da advertência à expulsão. O prefeito já está sendo investigado pelo conselho de ética por ter ganho hospedagem em Fortaleza de empresa que venceu licitação na capital.
Porto Velho é uma das seis capitais do PT. Com 410 mil habitantes, é a segunda capital que mais recebe recursos da União por meio de transferências, proporcionalmente à população. O PT de Rondônia também acompanha suposto envolvimento de sua presidente estadual, deputada Epifânia Barbosa, em esquema de mensalão investigado pela Polícia Federal.

sábado, 26 de novembro de 2011

E AGORA PREFEITO? QUEM PODERA LHE DEFENDER?

Com a prisão do amiguinho Valter Araujo, o indiciamento de sua canditada preferida e quem supostamente iria dar andamento em sua saga de usurpar o dinheiro do povo de Rondonia, Epifania Barbosa, sem o Carisma do falecido Eduardo Valverde, agora eu pergunto, E AGORA PREFEITO? o senhor certamente tem bons advogados, certo? muito bem, seria melhor deixa-los de prontidão, o cerco esta se fechando, a operação TERMOPILAS botou muito bagrezinho (em comparação ao sr.) na cadeia por formação de quadrilha ou bando, por causa de empresas que foram criadas para roubar o erário, a operação ANJOS DO ALFASTO, mais um monte, siga meu raciocinio, isso em duas sexta-feiras seguidas....para  a proxima sexta feira 02/12 já existe uma corrente de apostas correndo na cidade, segundo os organizadores, as apostas é para saber qual o nome da Operação e quem será o personagem principal, e adivinhem quem esta disparado na frente? eu sugeri o nome de "Operação  INDEPENDENCE DAY".
Com a prisão de  VALTER ARAUJO, o desgaste moral, indiciamento, bloqueio dos bens e outras mazelas que aconteceram com a dePUTADA, Epifania Barbosa,  com a grana com que foi flagrado colocando na cueca e nas meias do dePUTADO e bem feitor do povo de RO Zequinha Araujo, todos virtuais candidatos a prefeito, agora a candidatura do PT caiu no colo da ex-senadora FATIMA CLEIDE e bem provavelmente o cargo mesmo em si, tenha caido no colo do agora todo poderoso da ALE (Antro de Ladrões Engravatados) dePUTADO Herminio Coelho.
O que resta agora ao nobre Prefeito, é ir logo pensando em passar o final no ano na Grecia, em Cosovo, Afeganistão, enfim, em qualquer lugar aonde a PF não te encontre, caso contrario, o sr. está corendo um serio risco de passar o Natal e o Ano Novo, nas acomodações da PF.

sábado, 19 de novembro de 2011

A CASA CAIU PARA O "IRMÃO VALTER"

 VALTER CAIU DO CAVALO

Certamente o deputado e presidente da Assembléia, Valter Araújo, também chamado de irmão Valter, por sua profunda ligação com a Igreja Assembléia de Deus poderá passar esse final de semana na Penitenciária Federal de Rondônia. A arrogância com que vinha se conduzindo no cargo de presidente do Legislativo rondoniense deverá dar lugar a um homem alquebrado. Valter, como tantos outros políticos locais metidos a “mais espertos” do que os outros, caiu do cavalo. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Federal, no desenrolar da “Operação Termópilas”, criada para derrubar mais uma rede de corrupção no Estado, descoberta a partir de investigações sobre o desvio de recursos do SUS.


GANÂNCIA

Valter Araújo gosta de vangloriar-se de ser “temente a Deus” e irrepreensível seguir dos mandamentos de Cristo. Mas na prática, seus atos mostram-se dissociados dos ensinamentos da humildade (“Olhai os Lírios do Campo” não foi, ao que parece, uma leitura bíblica de sua predileção) e revela um insaciável desejo de acumular riquezas e poder. Foi certamente por isso, pela busca de dinheiro a qualquer custo, que neste momento ele já pode estar a caminho da Penitenciária Federal de segurança como suposto chefe de quadrilha, responsável por um rombo multimilionário nos combalidos cofres do estado.


MILHÕES

O grupo, desmantelado pela operação Termópilas, é acusado de ter desviado R$ 15 milhões nos últimos anos, mediante contratos fraudulentos firmados por empresas de fachada com a Secretaria de Saúde do Estado. Entre os alvos há empresários, servidores públicos e até um assessor do governador do Estado, Confúcio Moura.

Entre os crimes relacionados, estão corrupção ativa e passiva, extorsão, formação de quadrilha, peculato, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.


LEGISLADOR

A experiência de Valter Araújo como legislador (iniciado na Câmara Municipal de Porto Velho) era para fazer dele um cidadão exemplar, crente nas leis, levando em consideração os limites impostos aos homens públicos. Mas Valter, como tantos outros, passou – pelo visto – a acreditar que a corrupção é uma prática inerente à vida pública, ao exercício de cargos obtidos com o voto popular.

Como foi corregedor da Assembléia em legislatura anterior a essa e nunca fez realmente nada para punir colegas reconhecidamente corruptos, é provável que o irmão Valter passasse a acreditar que a legislação existente é insuficiente para punir quem rouba o dinheiro público ou a corrupção no estado. Ora, nesse cenário, os seus próprios “deslizes” seguramente acabariam em pizza. E assim Valter tratou de procurar o caminho da riqueza fácil e rápida, com negócios nebulosos com o estado, negócio viabilizados com facilidade por quem, como ele, detém mandato popular.


COISAS DO SISTEMA

Tá cheio de gente em cargos públicos no Estado acreditando nisso: o sistema, como um todo, é corrupto e corruptor. E assim, vale a lei de Gerson: “É preciso levar vantagem em tudo!”. E isso vale até o momento em que os chamados órgãos de controle decidem investigar com profundidade homens do tipo do irmão Valter.

O Ministério Público, o Tribunal de Contas pode trazer à tona a verdade dos fatos, exigindo a punição exemplar para todos os envolvidos.

A nós, integrantes da sociedade, cabe exigir dos deputados a saída de todos os corruptos da Assembléia Legislativa. Não é possível aceitar passivamente que sobreviva naquela Casa o famigerado sistema das contratações de comissionados em detrimento da lotação dos servidores de carreira.

Esse é um esquema criado para favorecer a corrupção e permitir mais uma nova edição do “Escândalo da Folha Paralela”, vergonha registrada nos tempos em que Donadon foi presidente da Casa.


MÍDIA INDEPENDENTE

O envolvimento de vários outros deputados nas denúncias que motivaram a investigação da “Operação Termópilas” revelou a dependência do colegiado que dirige a Assembléia, onde na verdade as decisões de Valter Araújo não podiam, ao menos serem contestadas.

Vários deputados revelam nas coxias seu descontentamento com “o desperdício” de dinheiro público em “propaganda” principalmente porque a chamada mídia independente está completamente alijada desse processo. Fora os queixumes, os deputados não tinham coragem de contrariar o “imperador”.

Se o Ministério Público aprofundar a investigação sobre as manipulações em torno dos “gastos de publicidade” do Legislativo possivelmente revelará um enorme ralo por onde corre muito dinheiro para a alegria de uns poucos felizardos.


DESAFIO PARA HERMÍNIO

Não se sabe por quanto tempo o deputado José Hermínio vai presidir a Assembléia, isso porque não dá para dizer quanto tempo Valter ficará na cadeia e nem se, ao retornar, os deputados irão aceitá-lo na presidência do Poder com suas vestes manchadas com a água fétida do pantanal da corrupção, de onde pretendia arrancar milhões do governo do estado.

Hermínio é um sujeito sério, que não mete a mão na cumbuca. Terá de agir friamente para identificar e combater a grande quadrilha que, como um bando de gafanhotos entranhados na folha de pagamentos age para saquear as finanças públicas.

E com referência ao pessoal, Hermínio certamente vai inaugurar uma nova agenda positiva. Ao contrário do presidente preso, Hermínio nunca adotou – enquanto foi presidente da Câmara Municipal – medidas arbitrárias para humilhar funcionários (como a de colocar servidores da Assembléia a serviço de outros órgãos, como a Justiça Eleitoral, sem qualquer consulta prévia se era ou não da conveniência do servidor da Casa) de carreira.


PÚBLICO & PRIVADO

Valter Araújo – se estiver menos arrogante nesse momento – deve estar refletindo sobre seu futuro político. Numa terra onde o eleitor ainda deixa à mostra sua tolerância com políticos bandidos, ele pode estar pensando em dar a volta por cima.

A verdade não é bem assim. A coluna já tinha alertado esse político que ele vinha rasurando a sua biografia e perdendo credibilidade até de parceiros de longos anos. Ao confundir o público com o privado o deputado irmão Valter é mais um em uma longa trajetória de políticos rondonienses que vêem sua carreira encerrada melancolicamente. No caso de Valter, com rasuras. No caso de Lindomar Garçom (agora sem mandato), com amargura, pois Garçom pelo menos não está sendo procurado pela polícia e ainda não meteu a mão na botija.


ESPERADO

O desfecho da trajetória do irmão Valter pode ser muito pior do que os fatos deste final de semana. Mas para o colunista é perfeitamente previsível. Até porque ele não tem formação política e administrativa para chefiar um Poder tão importante como o Legislativo Estadual, a não ser a ganância. Foi a tentativa de repetir Midas, a ganância desmesurada nas relações com o governo, que o levou ao cadafalso da mediocridade e ao deslumbramento com o poder e, agora, à cadeia.