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Vamos colocar ele pra fora da Prefeitura

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Programa "A voz do Povo" - Herminio bate colocado no Prefeito.

Presidente da Assembléia Legislativa defende surra de cinta no prefeito da capital e diz que governo Confucio é corrupto até a alma



"Roberto Sobrinho deveria levar surra de cinta quando andasse nas ruas, por seu descaramento, por seu deboche com a população" afirmou o deputado Heminio
O deputado estadual Hermínio Coelho (PT), 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, foi o entrevistado desta terça-feira (20) do programa A Voz do Povo, comandado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá.
Sempre polêmico e direto em suas respostas, Hermínio declarou que a corrupção está exagerada e que a prática política precisa mudar. "Precisamos discutir políticas de interesse do povo e não essa barganha por cargos e por falcatruas. Eu tenho vergonha na cara e não aceito negociação e conchavos escusos, em honra do meu pai e da minha mãe, dois analfabetos, mas com caráter", disse.
Mas, o momento mais tenso da entrevista foi mesmo quando Hermínio Coelho falou da atuação do prefeito da capital, Roberto Sobrinho (PT). "Eu não respeito gente ruim. Pedi voto pra ele, com compromisso de mudanças, mas ele não fez nada disso. Nunca pedi nada a ele, mas eu procurava orientar e ele não me ouvia. Não tenho o menor respeito com o cidadão, que não consegue fazer uma única obra com qualidade, apesar dos milhões que chegam na cidade. E ainda fica posando como o que mais trabalhou, de forma cínica, prepotente e arrogante. Isso é o que mais me irrita!", desabafou.
Ele foi além: "Essa gestão do Roberto Sobrinho não consegue nem fazer casinhas populares. E não consegue fazer elevação de níveis. O prefeito, com R$ 150 milhões, não consegue fazer uma elevação de nível, que ele batizou de viaduto. Roberto Sobrinho deveria levar surra de cinta quando andasse nas ruas, por seu descaramento, por seu deboche com a população".
Ele informou que ficou sabendo da nova decisão da ministra do STJ, determinando o retorno de Valter Araújo (PTB), presidente afastado da Assembleia, ao presídio federal, através da imprensa. "Não sei detalhes dessa nova determinação de prisão, fiquei sabendo pela imprensa", minimizou.
Indagado se esperava uma investigação contra falcatruas, capitaneadas por deputados, Coelho declarou que "eu não esperava, porque eu venho durante todo o ano levando denúncias contra a prefeitura, contra o Governo e contra a Assembleia não havia tomado conhecimento de nada".
Segundo ele, "desde abril deste ano que vinha denunciado esse problema nos contratos da Saúde, do Detran e do fornecimento de alimentos aos presídios. Eu cheguei a cobrar do governador que desfizesse aqueles contratos suspeitos de superfaturamento. O Governo não encerrou os contratos e não fez nova licitação, pelo contrário, se aliou ao esquema já vigente".
Ainda sobre a prisão de Valter Araújo, Hermínio comentou que "todos tinham conhecimento de que, desde 1999, o deputado Valter e seus familiares controlavam a limpeza em várias pastas do Governo. O deputado Valter errou, mas não pode se jogar tudo nas costas da Assembleia, pois o Governo tem a sua culpa, e muita. Eu espero que a Justiça continue agindo dessa forma. Se no resto do país, a Justiça fizer investigações como da Termópilas, vai flagrar coisa ainda pior, pois só se faz politicagem, conchavos e acertos, infelizmente".
Sobre eleição da mesa diretora, ele negou que tenha existido compra de votos. "Se comprarem ou venderam, não sei. Eu nem comprei e nem vendi. Quando fomos a Manaus (AM) foi para nos preservarmos de pressões. A minha aliança com Valter foi inusitada, pois a forma como ele faz política é bem diferente da minha. Havia a preocupação de uma Assembleia representativa e bem Republicana. Sempre fui crítico ao comportamento dos deputados e defendi fazer uma mesa que pensasse diferente. Procurei o Governo e fui descriminado, porque eu sou analfabeto e não sabia falar", enfatizou.
Hermínio completou afirmando que "fizemos uma composição com Valter Araújo para elegermos a mesa e dois petistas passaram a ocupar o cargo, de forma inédita. Eu fui a Manaus para demonstrar que havia um acordo. A desgraça brasileira é a hipocrisia. A gente fez isso, como uma estratégia do grupo. Não acho isso certo, mas para mim foi um acerto, pois virei presidente. Eu não forço e nem passo por cima de ninguém para conquistar meu espaço. Se eu quisesse me 'lambuzar', eu teria feito quando era cobrador, pois as empresas tentavam me cooptar".
O presidente comentou que a situação de Valter é complicada. "Eu acredito que a situação política e jurídica dele é bem complicada e, ao meu ver, ele deveria renunciar ao mandato. Estive com Valter, após ele deixar o presídio e ele me relatou das dificuldades na penitenciária. Por isso, vale a pena ser honesto, ter humildade, reconhecer quando erra e chega de quadrilhas na política. Não podemos também deixar que coloquem tudo nas costas de Valter e esqueçam das inúmeras mazelas de Rondônia", afirmou.
Ele se apressou que "eu não tenho relação política nenhuma com Valter Araújo. Eu apresentei dois projetos para retirar aposentadoria e a segurança de ex-governadores e Valter foi contra os dois. Ele sempre me respeitou e me dava condições para trabalhar".
Em relação às críticas contra ele no comando da Assembleia, ele rebateu "quem me critica, se tiver mais honestidade e mais compromisso em tornar a Assembleia como uma Casa do Povo, que se habilite. Mas, se eles tivessem condições e eu não reunisse condições para comandar o Legislativo, eu abriria mão. Não fico no comando se for para envergonhar Rondônia. Se não tiver jeito, eu mesmo falo à população que não tem jeito de mudar".
Sobre o acordo do PT para nomear cargos Hermínio negou que "eu não sabia desse acordo e desses 14 cargos petistas na Assembleia. Isso foi uma coisa negociada pela direção do partido. Eu sempre fui discriminado pelo PT em todos os setores. Esse negócio de cargos é nojento, temos que acabar com isso. Tem pessoas que se vendem por carguinhos. O PT mesmo se aliou ao Governo Confúcio por cargos, para botar os ditos militantes nos cargos".
Em relação a sua briga com o PT, Hermínio disse que não tinha mais a opção de sair, pois temia perder o mandato. "Sofria discriminação e por isso sai do PT e ingressei num partido novo", observou.
Ele lamentou a aprovação, pela Assembléia, da lei geral das Organizações Sociais (OS), que vão terceirizar a gestão nas unidades de saúde do Estado. "Fui voto vencido, mas chegamos ao ponto de obstruir a votação, pela primeira vez na história da Assembléia. O Governo colocou as OS como caso de vida ou morte. Estamos fazendo um ano de mandato e o Estado conseguiu piorar o João Paulo II, coisa que ninguém acreditava. Agora, com a aprovação das OS, se em 90 dias o povo continuar morrendo no chão dos hospitais, vou responsabilizar o Governo", alertou.
Hermínio se mostrou descrente na capacidade de o Governo melhorar a saúde. "Eu não acredito. Quero ajudar e torço que acerte, mas precisa mudar a prática. Esse Governo é corrupto até a alma. Confúcio parece que não manda no Governo dele e não toma nenhuma atitude para acabar com a corrupção. Se essas OS pisarem na bola, vamos responsabilizar o Governo. As pessoas morrem à míngua há anos e não se faz nada", ameaçou.
Para encerrar, ele descartou uma candidatura a prefeito de Porto Velho. "Não pretendo ser candidato, mas posso ser. Bom seria a formação de um grupo de pessoas com compromisso com a capital", finalizou

 

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