Nas raízes ideológicas do PT há um partido pautado na “liberdade de opinião e disciplina partidária”. Mas como diria Marco Antonio Villa, autor do livro “Jango, um Perfil (1945-1964), “a história do PT incomoda o PT. Enquanto os velhos militantes abandonam o partido, os oportunistas preenchem com avidez as fichas de filiação. Não precisam mais da história ou de qualquer justificativa ideológica. A adesão é pragmática: querem cargos, poder e, se possível, alguma sinecura.” – trecho extraído de artigo publicado em 2004 no jornal Folha S.Paulo, em ocasião dos 25 anos de fundação do PT.
A opinião do escritor e professor de História da Universidade Federal de São Carlos viria a transformar-se, sete anos mais tarde, em constatação. Para corroborar com Villa, façamos análise “en passant” das ações e comportamento do Partido dos Trabalhadores de Rondônia, onde a grande maioria dos militantes opta pelas benesses do capitalismo, em detrimento do tão sonhado socialismo de Lênin.
A perda de identidade do “partido dos operários” começa pela coalizão com a sigla que maior define a política de direita. Juntos, PT e PMDB seguem num projeto de poder, enquanto mandatários petistas insistem na literal falsidade ideológica e discursos enfadonhos rebuscados com frases como “a burguesia capitalista”. Na busca pela manutenção do cofre cheio através do pagamento do “dízimo partidário”, as filiações correm soltas e não há mais qualquer critério para o abono da ficha. Daí os Eliseus da vida nas fileiras petistas de Rondônia.
Cerceamento à liberdade de expressão
Além da perda de ideologia, o PT vem perdendo a dignidade e a vergonha. Apóia incondicionalmente em público, sob o pretexto de que roupa suja se lava em casa, um prefeito que mente e trata com escárnio de toda uma sociedade. Assina embaixo de reportagens oficiais inverídicas sobre continuidade de obras, trabalhos de alargamento de vias com 50% de conclusão e inúmeras peças publicitárias que mostram Porto Velho tal qual uma Suíça. Pior ainda, demonstra simpatia a represálias e crimes contra a liberdade de expressão.
Nada mais tosco para um partido de história tão bela quanto o cerceamento à liberdade de imprensa.
Não bastasse o corte de verbas publicitárias a veículos de comunicação que reportam as agruras impostas aos portovelhenses por uma administração incompetente – a exemplo do jornal eletrônico Rondoniagora – Roberto Sobrinho, a maior estrela do PT, optou por tirar do ar programas jornalísticos de televisão que ousam entrevistar seus adversários políticos.
De forma sumária e arbitrária, a TV Allamanda, afiliada do SBT, cancelou o contrato de transmissão do jornalista Paulo Benito, após veiculação de entrevista com o deputado Hermínio Coelho, atual calcanhar de Aquiles de Sobrinho. Utilizando-se de um desconhecido subterfúgio, “merchandising político”, a emissora optou por ser ré em processo de crime contratual para agradar o petista. Tudo com o devido apóio do “jornalista” e vereador Marcelo Reis, que mantém programa de inutilidades na casa de Rômulo Furtado e cala-se quando o ladrão não é o de galinhas.
Não há surpresa nas ações tirânicas de Roberto Sobrinho, dada as demonstrações públicas de que não lida com opiniões divergentes. Que Paulo Benito agradeça por não ter sido fisicamente agredido como o foi o jornalista Paulo Andreolli (Rondoniaovivo) (VEJA VÍDEO A SEGUIR), ou ser praticamente chamado do louco e mentiroso no ar como o jornalista Arimar Souza de Sá em entrevista de rádio.
E, assim, lamuriante, a sociedade assiste a transformação do partido que lutava pela liberdade e agora, tal qual um cruel inquisidor, lança-se sem piedade em uma caça a bruxas.
CONFIRA A AGRESSÃO DE ROBERTO SOBRINHO CONTRA JORNALISTA:
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