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Vamos colocar ele pra fora da Prefeitura

sábado, 22 de outubro de 2011

O PREDADOR! Hermínio Coelho é destaque no jornal Valor Econômico

O deputado estadual Hermínio Coelho (PSD) foi destaque no jornal Valor Econômico, um dos mais respeitados do País. O tema da reportagem foi a troca de partido, já que Coelho foi filiado ao PT por mais de 20 anos e migrou para o PSD, onde, segundo a reportagem, "dá tom do velho partido ao PSD de Rondônia. Veja abaixo a íntegra da matéria de VALOR ECONÔMICO:

Ex-petista dá tom do velho partido ao PSD de Rondônia e detona, como sempre R. Sobrinho

Sua origem não nega: ele tem o jeitão dos integrantes do velho PT. Denúncias de corrupção pululam de seu discurso inflamado, no qual o conteúdo é mais importante do que a forma de um português pouco escorreito. O segundo de seus cinco filhos chama-se Luiz Inácio, homenagem ao ex-presidente da República e fundador do partido no qual militou por quase 20 anos. Mas Hermínio Coelho, ex-vereador por três mandatos e polêmico deputado estadual de Rondônia, se desligou do PT e é mais um a engrossar as fileiras do recém-criado PSD.
Mais um, em termos. No partido que nasce sob a aura do governismo, Hermínio Coelho, 46 anos, é um caso raro de político com tino para exercer o papel de opositor ferrenho. Declarou guerra ao prefeito da capital Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), e abriu campanha que pode levá-lo a suceder seu ex-correligionário. No balaio de cerca de cem deputados estaduais que o PSD pretende filiar, Coelho também é minoria: é apenas o segundo petista. O outro é o acreano Chico Viga.
"Talvez, se fosse para escolher, não tivesse optado pelo PSD. Mas foi a oportunidade que tive. A administração aqui é do PT. É uma corrupção, uma bandalheira tão grande... E a cúpula do partido protegia o governo. Não tinha mais como conviver", afirma o deputado. Nas rodas de cerveja e de vinho de seus adversários, conta o próprio, Hermínio Coelho ganhou um apelido em tom jocoso: Heloisa Helena, pela virulência semelhante à da ex-senadora e candidata à Presidência pelo PSOL.
O deputado - que aprendeu a ler e a escrever aos 18 anos e tem apenas o curso primário - não liga. "É um orgulho a comparação. Quem sou eu diante da inteligência e do caráter dela. Mas podia comparar o prefeito ao Paulo Maluf. Mas não comparo. Porque o Maluf pelo menos fazia. E aqui em Porto Velho não se faz nada", dispara. O deputado cita a construção de um viaduto incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, que estava orçado em R$ 89 milhões. Hoje já ultrapassaria os R$ 169 milhões e ainda não está de pé.
Hermínio Coelho afirma que não se vê resultado mesmo sendo Porto Velho "o município do país que mais recebeu aporte de recursos desde 2007", em termos proporcionais, devido ao PAC (mais de R$ 1 bilhão para obras de saneamento) ou às compensações financeiras pela instalação das usinas de Jirau e Santo Antônio. Seu alvo preferencial é a relação entre a prefeitura e as empresas de ônibus. O deputado denuncia a existência de um suposto esquema de corrupção para favorecer as duas companhias que controlam o transporte público, e uma terceira, responsável pela coleta do lixo. Diz que propôs uma lei para abrir o mercado à concorrência, mas o projeto foi ignorado.
"Éramos contra tudo isso. E, quando assumimos, deram mais mole para as empresas do que os outros prefeitos. Eles eram pais das empresas; o de hoje é uma mãe", ataca. Hermínio Coelho reclama da alta tarifa, R$ 2,60, e das condições do transporte. Roberto Sobrinho, que já está em seu segundo mandato, tem preferido o silêncio. Ao Valor, Nara Vargas, coordenadora de comunicação da prefeitura, disse que, se for o caso, ele acionará a Justiça.
Por seu lado, Hermínio Coelho nega que as denúncias e a saída do PT tenham se dado pela falta de espaço político para concorrer às eleições do ano que vem. O partido já tem três pré-candidatos: a ex-senadora Fátima Cleide; a deputada estadual Epifânia Barbosa, presidente estadual do PT e preferida do prefeito; e o líder do governo na Câmara, Cláudio Carvalho. Carvalho vem a ser cunhado de Hermínio Coelho. Ambos eram cobradores de ônibus, quando entraram para o sindicato e para o PT, em 1992, pelas mãos de Jorge Streit, então líder da CUT e do partido em Rondônia e atualmente presidente da Fundação Banco do Brasil.
Durante 12 anos, Hermínio Coelho foi o presidente do sindicato e o cunhado, seu vice. Em 2004, quando o PT chegou ao poder, no entanto, o prefeito nomeou Carvalho como secretário de Transportes. "Não mudei nada. Eles, sim. Sair do PT foi como largar um casamento", diz o deputado, que nasceu em Dormentes, no sertão de Pernambuco.
Ali, trabalhou na roça e, aos 17, mudou-se para Petrolina, onde vendeu picolé e foi servente de pedreiro. Em São Paulo, foi ajudante de operador químico e gesseiro, até que veio a crise no governo Collor, em 1990, e migrou para Porto Velho. Queria continuar no mesmo ramo. A saída foi ser cobrador de ônibus. "Aqui, eles nem sabiam o que era gesso. Só tem madeira", conta, rindo.

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